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Imagem: Reprodução/Youtube |
Com início do protesto, as portas da ESP-CE foram fechadas. Apenas os participantes do evento e a imprensa puderam entrar. A atitude revoltou os médicos cearenses, que batiam nos vidros da entrada do local. “Estão nos tratando como marginais”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes. Com palavras de ordem, o grupo exigia que os estrangeiros fizessem o Revalida, exame destinado aos médicos que obtiveram diploma no exterior e querem atuar no Brasil.
Após a solenidade de abertura do treinamento, todas as saídas da escola foram cercadas, impedindo a saída dos participantes por cerca de uma hora. A Polícia Militar solicitou que os médicos cearenses liberassem a saída. O presidente do sindicato pediu para os colegas formarem um corredor para vaiar os cubanos e as autoridades. “Os médicos não são violentos. Vaia não é violência e eles vão receber a maior vaia da vida deles”, disse José Maria Pontes.
Quando as portas abriram, além da gritaria houve insultos aos estrangeiros, acusados de virem ao Brasil para fazer um trabalho escravo. O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, foi o mais vaiado e recebeu ofensas pessoais de alguns médicos cearenses.
Outras 15 pessoas foram ao local com bandeiras de Cuba e do Movimento dos Sem Terra (MST) em apoio aos cubanos. Quando questionados sobre qual movimento representavam, um deles disse: “somos de todos os movimentos. Somos a favor de Cuba. Podem falar mal de todo mundo, menos de Cuba”. Houve um momento de tensão entre eles e alguns médicos. Após a troca de insultos, os dois grupos se separaram.
Diário do Nordeste
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