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Imagem: Reprodução / CubaNet |
Desde agosto de 2013 até o momento, Cuba já recebeu mais de 700 milhões dólares do governo brasileiro, graças ao programa Mais Médicos. Os dados foram divulgados pela revista The Economist, que retrata o impacto econômico da exportação de serviços cubanos.
No momento, 11.456 médicos de Cuba trabalham no Brasil, em 2.700 cidades. Eles permanecerão no Brasil em 2015, graças a uma prorrogação do programa.
A revista explica que o Mais Médicos surgiu em resposta aos protestos de junho de 2013, exigindo melhoras na qualidade dos serviços públicos, especialmente na área da saúde.
O Brasil paga 4.5000 dólares mensais por médico; o pagamento é feito através da Organização Panamericana de Saúde (OPS), que realiza os pagamentos a Cuba e desconta 5% do valor a título de comissão. Cuba, ao receber o dinheiro, divide-o em duas partes: o salário do médico (1.245 dólares) e a parte do governo (o resto).
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A revista explica que Cuba pode exportar sua mão de obra devido à alta taxa de médicos do país (440.000 para a população de 11 milhões), que continua sendo uma das maiores do mundo e é um dos cartões de visita do governo de Raúl Castro no panorama internacional.
No entanto, essa alta taxa de médicos não tem efeito para a população da ilha, já que desde 2008 o número de médicos que trabalham no país foi reduzido para enviá-los a outros países e assim receber grandes volumes de dinheiro.
Este ano, Cuba receberá cerca de 8,2 bilhões de dólares graças aos profissionais de saúde que exporta a 66 países, com 50.000 médicos, metade dos quais na Venezuela. Na maioria desses países - lembra a Economist - os cubanos têm salários mais baixos que os médicos locais, ocupando os mesmos postos, e o governo de Cuba retém uma grande parte do que é pago por eles.
CubaNet