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Imagem: Zanone Fraissat / Folhapress |
Em meio à adesão de setores rurais à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), o tucano Geraldo Alckmin admitiu pela primeira vez nesta quinta-feira (17) facilitar o porte de armas no campo.
“Claro que porte de arma pode ter, na área rural, até deve ser facilitado. Porque as pessoas estão mais distantes”, disse o pré-candidato a presidente pelo PSDB.
“Se mora isolado, fica alvo fácil. No agro hoje, as coisas são caras, equipamentos têm valores impressionantes. Então você atrai quadrilha”, afirmou.
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Segundo sua equipe, está em estudo pelo especialista Leandro Piquet Carneiro, que coordena a área na campanha, formas de, por exemplo, regularizar o porte de pessoas que já tenham armas ilegais.
“Vamos estudar tudo isso com detalhes. Não quero entrar nessa miudeza eleitoral. Precisamos verificar com seriedade. Ele [Bolsonaro] defenda lá as teses dele”, rebateu Alckmin.
Apesar da inflexão, o tucano fez ponderações à defesa do porte civil de armas encampada por diversos presidenciáveis.
“Temos que tirar a arma da mão do bandido. [Armar a população] não é o caminho para você trazer segurança no campo. Precisa ter investigação, ação de inteligência”, afirmou.
As declarações foram dadas durante anúncio de Edmar Bacha, Alexandre e José Roberto Mendonça de Barros na equipe econômica da campanha.
Mendonça de Barros pai e filho são responsáveis pelo setor agrícola da campanha. Eles falaram em falsas dicotomias como o antagonismo entre o agronegócio e o respeito ambiental e a separação dos setores de serviço, indústria e agronegócio.
Em relação aos questionamentos sobre a viabilidade de sua candidatura, em meio à piora nas pesquisas e desgaste do PSDB, Alckmin desta vez reconheceu adversidades.
“Pesquisa eleitoral influencia as pessoas”, afirmou o ex-governador. “Mas só terá mudança quando tiver campanha na TV e rádio”, justificou citando o desinteresse da população na eleição.
A equipe econômica, liderada por Persio Arida, falou em aumentar em 50% as importações e exportações brasileiras e atrair o capital externo e nacional.
“O argumento de setores estratégicos [que não devem ser abertos a investimento estrangeiro] normalmente é usado para defender o atraso”, criticou Arida.
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Thais Bilenky
Folha de S. Paulo
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Editado por Política na Rede