![]() |
Imagem: Reprodução / Redes Sociais |
A promotora Cristina Hodas, do Fórum Regional do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, considerou que houve tentativa de homicídio na agressão ocorrida em frente ao Instituto Lula em 5 de abril. Ela transferiu nesta semana o inquérito para a Promotoria no Tribunal do Júri, que é responsável por crimes contra a vida.
A vítima, o empresário Carlos Alberto Bettoni, de 56 anos, foi agredida por três apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia em que foi expedido o mandado de prisão contra o líder petista.
Leia também:
O empresário foi empurrado, bateu a cabeça em um veículo que passava pela rua e desmaiou. Ao recobrar consciência, foi levado a pé ao Hospital São Camilo, que fica na mesma via. Ele sofreu traumatismo craniano, precisou ser operado e ficou 22 dias internado.
Após a agressão, a Polícia Civil indiciou por lesão corporal dolosa (intencional) o ex-vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho, o filho dele, Leandro, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres, o Paulão.
A promotora discordou da conclusão da Polícia Civil e transferiu o inquérito para o Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital, que cuida de crimes contra a vida.
“A força da batida da cabeça do ofendido contra o caminhão em face do qual foi empurrado por Manoel conseguiu provocar-lhe um traumatismo craniano e, especialmente, pela atitude dos inquiridos de simplesmente não prestar nenhum socorro à vítima, aceitando passivamente sua morte, mesmo estando o hospital praticamente no mesmo endereço, é prova clara do dolo eventual de homicídio dos três agressores”, disse a promotora em manifestação publicada nesta semana.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público (MP), o caso ainda não foi distribuído para outro promotor. Dependendo da conclusão que o novo promotor terá, os três indiciados pelo crime poderão se tornar réus e ir a júri popular por tentativa de matar o empresário.
O G1 procurou a advogada de Maninho, mas não obteve retorno. No dia em que foi indiciado, em 9 de abril, ao ser questionado por jornalistas sobre o que ocorreu, o ex-vereador disse que “foi um desentendimento natural” e que a “Justiça vai averiguar”. Ele também afirmou que "só lamenta os fatos".
A defesa de Paulo Cayres afirma que seu cliente é inocente. "Até o presente momento não foi oferecida qualquer denúncia, sendo que o mesmo se defenderá oportunamente, se a mesma vier a ocorrer", disse em nota o advogado Vinicius Cascone.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o filho de Maninho, Leandro.
Veja também:
G1
Editado por Política na Rede