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Imagem: Pedro de Oliveira / ALEP |
A Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou procedimento preliminar para apurar se o procurador Deltan Dallagnol, responsável pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, cometeu infração disciplinar ao comentar a conduta de ministros em julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista à Rádio CBN nesta semana, Dallagnol comentou a decisão da 2ª Turma do STF de retirar do juiz federal Sérgio Moro trechos da delação da Odebrecht que citam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Guido Mantega, que teve voto favorável dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
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“Os três mesmos de sempre do Supremo que tiram tudo de Curitiba e mandam tudo para a Justiça Eleitoral e que dão sempre os habeas corpus. Estão sempre formando uma panelinha e que mandam mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção”, afirmou o procurador.
Na sequência, porém, Dallagnol ressaltou que não queria fazer nenhuma insinuação. “Não estou dizendo que estão mal intencionados nem nada. Só estou dizendo que objetivamente a mensagem das decisões é de leniência, e esses três de novo olham e querem manda para a Justiça Eleitoral, como se não tivesse indicativo de crime. Isso para mim é descabido”, concluiu.
A assessoria do MPF afirmou que foi instaurado apenas um procedimento inicial, mas que o processo corre sob sigilo e que não é possível fornecer maiores informações a respeito.
Dallagnol já responde a reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público por ter criticado no Twitter a possibilidade de mandado coletivo de busca e apreensão em favelas do Rio de Janeiro durante a intervenção federal na segurança pública.
O integrante do MP afirmou que “se cabem buscas e apreensões gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso”.
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Matheus Teixeira
Jota
Editado por Política na Rede
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