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Imagem: Reprodução / Redes Sociais |
A 54ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (25) em Portugal, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF, houve o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços, em Lisboa, relacionados a um operador financeiro que já foi alvo da 51ª etapa da Lava Jato: Mário Ildeu de Miranda.
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O objetivo das buscas, conforme o MPF, foi apreender documentos e dispositivos eletrônicos escondidos em Portugal. De acordo com o MPF, eles podem identificar provas de outros crimes ainda não denunciados.
A Polícia Federal (PF) informou que o material apreendido vai ser compartilhado com o Brasil, para as investigações em curso no país.
Procurado pelo G1, o advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende Miranda, não quis comentar o caso.
Propina de US$ 56,5 milhões
A 51ª fase da operação apontou propina de US$ 56,5 milhões, a partir de contrato da Odebrecht com a Petrobras. Os pagamentos, segundo o MPF, ocorreram entre 2010 e 2012.
Este valor é referente a um contrato fraudulento de mais de US$ 825 milhões, que foi firmado em 2010, conforme o MPF.
De acordo com o MPF, parte dos pagamentos de vantagens indevidas foram realizados por meio de estratégias de ocultação e dissimulação, com a atuação do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e também com a participação de Miranda.
Miranda fez com que recursos de pelo menos US$ 11,5 milhões chegassem a contas secretas mantidas no exterior por funcionários corruptos da Petrobras, ainda segundo o MPF.
Por meio de nota, a Odebrecht informou que colabora com a Justiça e que reafirma "o compromisso de atuar com ética, integridade e transparência".
Cooperação internacional
O Ministério Público de Portugal teve autorização judicial para cumprir os mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira, graças à uma cooperação internacional feita pelo MPF.
Esta nova fase da Lava Jato é a segunda internacional da operação.
A primeira – que, na verdade, foi a 25ª etapa da Lava Jato – ocorreu em março de 2016, também em Lisboa. O alvo era o operador financeiro Raul Schmidt Felippe Junior. Ele foi preso na ocasião.
Fiança de R$ 10 milhões
Em maio, quando houve a deflagração da 51ª etapa da Lava Jato, Miranda foi alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão.
Ele pagou fiança de R$ 10 milhões e responde ao processo em liberdade.
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Thais Kaniak
G1
Editado por Política na Rede
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