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Imagem: Reprodução |
Os três adolescentes condenados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí, a cerca de 190 km de Teresina, deixaram o centro de internação no domingo, após cumprirem três anos em restrição de liberdade. Agora, vão passar mais dois anos em semiliberdade, morando em abrigo, e seis meses prestando serviços à comunidade.
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Dos três jovens que foram detidos, dois permanecem em Teresina e um voltou para Castelo do Piauí após a decisão da Justiça de liberá-los da internação. O clima na cidade é de revolta. A promotora de Justiça responsável pelo caso, Francisca Lourenço, disse que não cabe recurso contra a decisão da Justiça de liberação. Isso porque os jovens cumpriram o máximo possível permitido pela lei: três anos de restrição total de liberdade.
Eles só poderão retornar ao centro de internação caso descumpram restrições previstas na medida de semiliberdade, como não respeitar o horário para estar no abrigo ou ingerir bebida alcoólica. Os três atingiram a maioridade (18 anos) no período em que estavam internados.
Para Francisca, apesar do tratamento diferenciado dispensado aos adolescentes, o tempo de três anos de internação foi suficiente para preparar a reinserção dos jovens à sociedade. Ela diz que eles passaram a estudar, aprenderam regras de convivência, entre outros aspectos importantes para a vida social.
— O estupro é um crime asqueroso, mas o espírito da lei é esse aí, não pode mudar — diz ela.
Em maio de 2015, quatro menores com idade entre 15 e 17 anos - um deles foi morto no centro de internação após contar o que aconteceu - estupraram e espancaram as quatro vítimas, que foram ainda arremessadas de um morro. Uma delas morreu. Um adulto, Adão José de Souza, também participou do crime e foi condenado a mais de 100 anos. O crime causou revolta e chocou o país.
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Renata Mariz
Extra
Editado por Política na Rede
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