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Imagem: Rafaela Felicciano / Metrópoles |
A menos de uma semana das eleições 2018, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuais e chegou a 31% de intenção de votos, segundo levantamento Ibope/Estado/TV Globo divulgado nesta segunda-feira, 1º, – seu patamar mais alto desde o início desta série de pesquisas. Em segundo lugar, o petista Fernando Haddad se manteve com os 21% registrados no levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 26.
A seguir aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha.
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No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de 6 pontos porcentuais para 10 em cinco dias. Quando se considera apenas os votos válidos, ou seja, sem contar os brancos e nulos, o candidato do PSL lidera por 38% a 25%. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 50% mais um dos votos válidos.
Na simulação feita pelo Ibope de um segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate: ambos com 42%.
No quesito rejeição, o candidato do PSL segue líder, com 44%. Mas a quantidade de eleitores que não admitem votar em Haddad de jeito nenhum deu um salto, passando de 27% para 38%.
A divisão do eleitorado por gênero revela que, no intervalo de cinco dias entre as duas pesquisas, Bolsonaro cresceu mais entre as mulheres (de 18% para 24%) que entre os homens (de 36% para 39%). Parte das entrevistas do levantamento foi feita após os protestos convocados por mulheres, que reuniram multidões nas grandes cidades do País contra o candidato. Apesar da melhora nos números, a rejeição ao deputado continua concentrada no público feminino: a maioria absoluta (51%) afirma que não votaria nele em nenhuma hipótese.
A preferência pelo candidato do PSL sobe à medida que aumenta a escolaridade: é de 19% entre quem estudou até a quarta série do ensino fundamental e chega a 40% entre os que têm curso superior.
No caso de Haddad, a situação se inverte: 26% entre os eleitores menos escolarizados e 14% no outro extremo.
Bolsonaro se sai melhor na faixa que recebe mais de cinco salários mínimos
A segmentação do eleitorado por renda revela que Bolsonaro se sai melhor na faixa que recebe mais de cinco salários mínimos: 46%. Entre os mais pobres, com renda familiar de até um salário mínimo, a taxa é de 19%. Na opinião de 43% do eleitorado, o candidato do PSL é o favorito para ocupar a Presidência da República entre 2019 e 2023. Outros 24% acham que Haddad será o vencedor da eleição.
O Ibope procurou medir o potencial de transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Haddad. O PT chegou a lançar Lula como candidato a presidente, apesar de ele estar preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.
Ao ser informados de que Haddad é o candidato apoiado por Lula, 22% dos eleitores afirmam que votariam “com certeza” no petista. Na pesquisa Ibope divulgada no dia 24 de setembro, essa taxa era de 26%. Já a parcela que diz não votar de jeito nenhum em Haddad após sua associação a Lula aumentou de 49% para 55%.
A pesquisa também mediu a opinião dos brasileiros sobre o governo Michel Temer. Para apenas 4%, a gestão é ótima ou boa. Outros 87% a veem como ruim ou péssima. Para 18%, é regular, e os restantes 2% não souberam responder.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 208 municípios, entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, e o nível de confiança, de 95%. Isso quer dizer que há probabilidade de 95% de os atuais resultados retratarem o atual quadro eleitoral, considerando a margem de erro.
Os contratantes foram o Estado e a TV Globo. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR‐08650/2018. A próxima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo será divulgada nesta quarta-feira, 3.
O último levantamento antes do primeiro turno terá os dados anunciados no sábado, véspera da eleição.
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